esse ser que sou eu
e que não me faz feliz e
nem me deixa dormir. Esse ser que está sempre em outro lugar, no lugar de sentir
todas essas coisas. No único lugar de sempre, esperando, doendo, cheio de si nos
dois sentidos. Mas é a arrogância de novo. Querendo odiar. Querendo entender.
Querendo doer mais que todo mundo, querendo não ser. Mas não é ódio e nem nada.
É tristeza. Muita. E uma vontade enorme de sair daqui. Uma vontade minúscula
perto do tamanho da minha tristeza. Eu que sempre vou embora de todos os
lugares, acabo sempre chegando a conclusão que a tristeza é o único lugar do
qual jamais se vai embora.
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